Hoje, quando acordei, o frio brincava de fazer poesia viva; a neblina envolvia cada árvore, poste, grama, carro, qualquer coisa que estivesse ao ar livre delicadamente com um véu; aquilo me encantou de uma forma peculiar, fazendo-me sorrir sozinho em meio a fumaça branca. Tenho certeza que isso foi um presentinho de Deus para alegrar minha vida triste, me dando um motivosinho pra eu querer/conseguir prosseguir com forças para mais um dia de luta; pois ele sabe que não preciso de muito para alegrar-me.
Logo peguei minha câmera e saí pra rua fotografando a obra de arte que se faz sozinha; A rua preferida do Pablo, minha casa, o trilho do trêm e a ponte do rio Tietê do Largo S.João (das árvores centenárias no rio que um dia fora mais belo que hoje). Cheguei á escola atrasado, é claro, pois a cada 30 passos eu parava para apreciar uma paisagem diferente, ou para ver sair fumaça da boca.
O frio me fez usar meu blusão feio preferido de tricô, luvas e cachecol; também me fez esquecer o celular, meu caderno de pensamentos e minha touca; mas fez lembrar-me de minha câmera, que é quase o que mais importa.
Apenas mais um dia.
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