Primeira consulta

Falei sem parar durante cinquenta minutos e não foi suficiente. Foi ótima a sensação de contar coisas assim, para uma pessoa que eu munca vi na vida. O lugar é bem gostosinho, aconchegante, duas poltronas, uma de frente para a outra, algumas folhas na mão, e o relogio por perto, como em filmes mesmo, bem legal. E o que ela me disse? Que realmente preciso de ajuda, e um dos primeiros passos, é aceitar isso. E eu estou, loucamente. E segundo, preciso mais que urgente separar esse vínculo que envolve eu e minha irmã, não posso sentir as dores dela, só piora tudo. Do resto, fica para a próxima consulta.

Então minha mãe marcou um psicólogo na quinta-feira. Ultimamente tenho tido tanto medo de enfrentar as coisas, me sinto tão fraco mentalmente, quase arruinado. Tenho chorado mais que o normal, me entregado ao poço a que vivo já a alguns meses. Tenho me irritado com tanta coisa fútil, que antes, com facilidade ignorava de tal modo, que era como se o indesejado não acontecesse.

A leitura deve estar meio confusa, mas não posso evitar quando está confuso em minha mente também.
Enfim, estou ansioso pra amanhã, quero me sentir bem logo; a tanto tempo estou mal, que quase não sei como é estar bem. Espero poder já na primeira consulta sentir o começo da melhora.
Se tudo der certo, vou postar aqui cada consulta, como estou me sentindo e coisas do tipo.

Fora todo o meu exagero extremo de estar mal, hoje me diverti com o Pablo e minha tia Vania. Fomos a pé ao centro, nesta noite de verão com ventinho fresco. Comi macarrão no copo, e eles milk shake. Tiramos várias fotos com a la sardina e brincamos nos balanços da praça. E rimos, rimos, rimos, rimos... (Adorável Pisicose)

Então é isso, amanhã as nove horas da manhã começará um novo dia.