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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Meu Teorema?

Terminei de ler "O Teorema Katherine". Foi uma semana maravilhosa lendo os devanieos, medos e anseios de Colin Singleton, o qual me identifiquei espantosamente, mesmo sendo ridiculamente diferente. Aprendi coisas sobre mim neste livro, foi encantador ler sobre alguém que pensa da mesma forma que eu, mesmo a mesma não sendo real. Ver que podem existir pessoas que agem da mesma forma que eu e várias outras coisas, foi gratificante.
Meus sentimentos estão extraordinariamente estranhos, a tristeza é mais forte, tanto quando a felicidade, preocupação, medo, ansiedade e tudo mais que alguém possa sentir. Minha irritação está tão insuportável a ponto de me irritar ainda mais. É impressionante! Meus familiares e amigos que o digam.
Adquiri coisas nas quais não imagina ter. Como um fone lindamente marrom da Urbanears, que deixam musicas como as de Tchaikovisky ainda mais belas. Um par de patins quad estilo retrô, que ainda não chegaram. Meu cello que está no luthier sendo consertado e harmonizado, pois ele deu de cair de onde fica apiado e rachar inteiro, sendo impossível de reproduzir Bach novamente. 
Logo terei dezoito anos. E é a primeira vez que desejei não fazer aniversário, não por ficar velho, mas pelo fato de não ter aproveitado meus dezessete anos. E se alguém me perguntar no futuro, o que eu fiz nos meus dezessete anos? Direi que não muita coisa, e que não foi tão agradável assim. Bom, está sendo agora, pelomenos nos últimos meses. Aprendi que o passado é mais que obviamente irreversível, e o futuro é magicamente um mistério. Então não me permitirei entristecer pelo que não há nada a ser feito.
E assim vou seguindo, sem olhar para trás, sem ver o que me foi tirado, e de olho nas coisas que estão por vir. E vendo dessa forma, é sabiamente e irresistivelmente bom.




domingo, 23 de junho de 2013

Visita ao hospital

Hoje foi dia de visitar minha irmã e mãe. Abracei-as como nunca.
Tomei chá de limão, pão com margarina e toquei piano.
Foi difícil ver minha irmã toda chorosa na hora da despedida, mas engoli o choro.
Espero muito em breve olhar para essas fotos e dizer que enfim conseguimos passar por tudo isso.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tenho que ter fé

Sempre gostei do frio. Já me imaginei em países onde o frio e as luvas de lã predominam, casas de pedra e madeira, tudo de cores neutras e sóbrias, como o marrom e o verde, com direito a lareiras, fondue de queijo, sopas e vinho, tudo muito aconchegante, em lugares montanhosos e bem chuvoso com muito musgo.
Mas esse desejo considero passado. No momento imagino uma completa paz numa praia paradisíaca com muito sol e um céu deslumbrantemene azul. Uma casa toda branca com detalhes muito coloridos e extremamente simples e clean. Janelas surpreendentemente grandes, varandas e muita luz natural. Frutas frescas, legumes e saladas. Aquela sensação de paz, fazendo piquenique numa grama bem verdinha de baixo de uma árvore de frente para o mar, e uma brisa leve para aliviar o calor.
Realmente, um desejo muito oposto ao outro. Não sei o motivo, deve ser pelo que estou passando. Por mais pessoas que me acolhem com todo carinho, me sinto sem chão, sem um lar, como se tudo o que eu tinha foi embaralhado e jogado na imensidão do espaço.
O pior de tudo, é que se eu tivesse tudo o que desejei, ainda assim não estaria completo. Neste momento não. Eu estaria sozinho. 
Quando penso em minha vida quase totalmente diperdiçada no tempo, entro em desespero. Pensar em tudo que eu perdi e estou perdendo. Pior ainda é pensar em minha irmã. Já ligaram com propóstas de emprego duas vezes. Mas que tristeza.
Tomarei muitos remédios e temo acontecer coisas ruins.
Nego-me visitar minha irmã de medo de não conter as lágrimas.
Já tenho medo da vida.
Já cansei de viver.  
Mas acredito em Deus e que tudo ficará melhor.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Hoje eu cantei no chuveiro!

Uma pequena partícula da minha imaginação.

...então acordei nas primeiras horas da manhã, junto com o sol. Minha janela estava aberta e a brisa da primavera fazia a cortina dançar calmamente me enchendo de paz.
  Desci o mezanino e fui direto para o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto com sabonete líquido de glicerina, pois deixa minha pele hiper macia. Tirei o pijama e coloquei minha camiseta de verão super zen, de manga três quartos, branca, de gola canoa e a calça de algodão cru, da aula de yoga, com as alpargatas também cru. Amo cores cru e branca.
  Fui para a cozinha e me surpreendi com a iluminação que o sol proporcionava. Encostei na bancada, admirando-o e pensando em que comer. Então decidi. 
  Cortei meio mamão em cubos, meia manga em tiras, já tinha melancia cortada na geladeira e misturei um pouco de cada em uma cumbuca junto com uvas. Meia torrada com geléia de laranja e leite de soja.
  Coloquei tudo em uma bandeja, e fui comer na mesa que fica no jardim, de baixo de uma árvore gigantesca. Não canso de aprecia-la. Comi bem devagar, observando a brisa brincar com as flores e a plantação de trevos, e mesmo depois de comer, fiquei ali, parado, de olhos fechados, sentindo o sol me aquecer.
  Depois de um tempo voltei para a cozinha e coloquei a louça suja na lava-louças. Peguei em meu quarto a Albina (minha câmera fotográfica) o caderno de pensamentos, meu iPod e fui para a garagem. Coloquei tudo no cesto da bicicleta retro, e saí de casa pedalando pelo condomínio quase exagerado de árvores, claro, do jeito que eu gosto. Decidi ir até o lago, e no caminho fotografei-me sentado na bicicleta. Escolhi um lugar para me sentar, que eu visse o lago e as montanhas atrás dele e que tivesse um gramado bem extenso.
  Encostei a bicicleta em uma árvore e fotografei a paisagem deslumbrante, em seguida, sentei-me no chão e recostei-me na mesma árvore em que a bicicleta estava apoiada, coloquei os fones de ouvido e liguei meu iPod nas musicas do meu Cd preferido, Zamfir.
  Depois de um tempo pensando em minha vida passada, resolvi registrar meus pensamentos e aquele momento. Só parei de escrever quando meu estômago avisou que eu estava com fome, olhei no relógio e me surpreendi com o horário. Coloquei as coisas no cesto da bicicleta e voltei para casa.
  Chegando lá pude ver minha mãe lendo um livro sentado no sofá, saudei-a e contei onde estive, ela sorriu e voltou a ler.
  Fui para a cozinha decidido o que ia comer, pão integral com patê de Gorgonzola e suco de caju.
  Depois de comer subi para o mezanino, que ficava em cima da cozinha, para tocar piano. Enquanto dedilhava de cor, observando o céu extremamente azul e o sol quase no meio do céu, torrar tudo debaixo dele. O calor já predominava.
  Quando terminei de tocar Clair de Lune, fui ajudar minha mãe a preparar o almoço. Fizemos salada de macarrão com soja, legumes variados cozidos, salada de folhas mistas com tomate e suco de limão, colhido do nosso pomar. E de sobremesa casca de laranja cristalizada. 

Essa foto representa a paz que sentia em minha imaginação. 


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Doce vida

Eu estava sentado no banco da sacada congelando, tomando chá de morango muito doce e pensando em minha vida, na vida da minha família.
Acho que estou iniciando um assunto meio chato de se falar, mas o blog é um lugar bom para dizer coisas do tipo. Eu acho.
Então depois de pensar subi para o meu quarto, liguei uma musica absolutamente nostálgica, dos tempos em que minha vida era boa e resolvi escrever, pra ver se me sinto melhor.
Bom, pra ir direto ao ponto já vou dizendo, eu e minha irmã temos uma doença que segundo os médicos não tem cura, mas como acreditamos em Deus. Essa doença é extremamente agressiva, e quem é portador sofre horrivelmente. Graças a Deus o grau da minha é menos agressiva, e o da minha irmã, é a pior que se pode ter.
Minha irmã está na flor da idade, dezesseis anos, e sofre como ninguém deveria sofrer a quase quatro anos, no qual ela parou de viver.
E eu, quando presenciei a pior crise dela, a dois anos e meio atrás, quando ela gritava a cada trinta minutos de dor e passou a pesar quase trinta quilos e não saia mais da cama, a doença se manifestou em mim.
Fiquei quase um ano sem ir ao médico fazer exames com medo de ter a mesma coisa. E então, sofrendo muito, não pude ir mais as aulas de violão e nem a de violoncelo, minhas notas baixaram na escola e perdi oportunidades de emprego.
E na minha pior crise minha irmã quase veio a falecer de anemia. Fazendo com que minha mãe ficasse na Unicamp quase um mês, e foi aí que eu piorei mais ainda.
Depois de um tempo minha mãe decidiu me colocar em um psicólogo, devido a episódios de depressão. Foi aí que criei forças e fiz exames pra saber o que eu tinha. E realmente tinha a tal doença. Fiquei desolado por um tempo, e então decidi lutar, quase inutilmente.

Hoje me sinto melhor. Tem semanas que não vou a escola, mas estou tentando. Voltei a fazer aulas de violão e parei a psicóloga pra poder pagar as aulas particulares.
Minha irmã também está um pouco melhor. Não vai a escola e usamos cadeira de rodas pra andar no shopping.
Os médicos disseram que não tem mais opções de remédios, que eles não tem mais o que fazer por ela. Então ela foi indicada para um cirurgião, para tirar a parte do intestino inflamada e colocar uma bolsa de colonostomia, a qual ela poderá viver com ela para sempre. O que não adiantará nada, pois inflamará em outro lugar.
Aí eu fico pensando, o que garotas de dezesseis anos pensaria em andar com uma bolsa com cocô dentro para todos os lugares? Pessoas saudáveis que tem tudo, e absolutamente ingratos.

Para quem ler entender melhor, vou citar alguns sintomas: Cólicas insuportáveis, distensão abdominal, problemas nas costas, diverticulite, afitas que podem nascem em lugares inimagináveis como no fundo da garganta (no momento sinto dor na garganta devido as afitas ao virar a cabeça) vermelhidão nos olhos, perda de músculos, anemia, cansaço, hemorróidas, diarréia, perda de apetite, fístula perianal e muitas outra coisas. Isso foi o que lembrei no momento, coisas que eu e minha irmã tem e tivemos.
Sem dizer que não podemos comer qualquer tipo de salada crua, nem nenhum legumes cru, casas da frutas, feijão, pipoca, lactose, comidas gordurosas, corantes, embutidos, refrigerantes, pimenta, alimentos ácidos e várias outras coisas. Claro, não posso evitar queijos, feijão e um pouquinho de pimenta, e sempre passo mal depois de me deliciar. Já a pipoca tenho um desejo louco, mas da última vez que comi realmente passei mal.
E agora esperamos o que será do futuro. Já saí chorando na rua, gritei, fiz greve de palavras e sorrisos (por pouco tempo, hoje sei o quanto isso é importante) fiz muitas coisas, e ainda estamos aqui, sofrendo para fazer uma coisa que muita gente não gosta, tentar viver.

Sei que ficou longo, foi um desabafo, eu precisava colocar para fora.
Mas além disso, estamos esperando em Deus, pois ele tudo pode.

Minha família linda s2



sábado, 23 de março de 2013

Um pouco de mim

Não sei se consigo expressar em palavras o que sinto. É como se fosse uma mistura de paz, tranquilidade e uma bagunça de pensamentos na cabeça. Cheio de porque's, e uma curiosidade imensa sobre o que eu jamais vou descobrir. Eu tenho esse dom, de querer saber coisas que eu nunca vou saber. Querer saber o que uma pessoa esta pensando é um exemplo.
Pessoas extraordinárias. Tenho vontade de saber tudo sobre a vida delas (pessoas extraordinárias são aquelas com uma sensibilidade enorme sobre a escrita, a fotografia, e qualquer coisa que envolve expressar sentimentos)
Tive uma professora de artes muito querida alguns anos atrás, e ela previu que minha mania de perfeição atrapalharia minha vida. Ela acertou em cheio.
Muitas vezes espanto pessoas (imperfeitas, pois ninguém é perfeito!) pois descobri uma coizinha mínima que não me agradava. Me sinto péssimo por isso, mas acontece sem eu perceber, quando me dou conta já estou excluindo-a da minha vida.
Tenho que me vigiar o tempo todo, por que se não me aborreço por tudo que não está perfeito. É horrível.
Uma coisa que essa doença me ensinou foi ter paciência, a esperar por coisas distantes ou se conformar com algo que não irá acontecer. A vida me ensinou da pior forma possível.
Ela me transformou em outra pessoa, uma pessoa melhor que antes. Tem vezes que me admiro de tanta diferença, e quando esqueço que um dia fui diferente sempre tem alguém pra me lembrar.
Acho a vida hilariante, as vezes sorrio sozinho.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Indecisão

Tenho bastante dificuldade em decidir o que cursar na faculdade; em minha mente, a música, as plantas, a fotografia e a gastronomia brigam constantemente para ganhar seu lugar em minha preferência, e eu simplesmente não consigo gostar apenas de um. Quando estou no piano, tocando Comptine d'Un Autre Été, ou no cello tocando Prelude, ou até mesmo no violão, me imagino em uma orquestra, fecho os olhos, e eu vejo as luzes, os outros instrumentos, é um prazer imensurável, esta la, diante das pessoas, mas ai quando estou na cozinha, me vejo em outro mundo, eu até inventei uma receita, o nome é: "Cumbucas de Tomate com Atum", eu me alto surpreendi com o resultado, pelo menos foi o que o povo daqui de casa disse, e então vou fazer gastronomia. Mas ai vou folhear uma Casa Claudia e vejo a extrema beleza e tranquilidade de um jardim, elaborado com uma perfeita harmonia, e me encanto novamente com as plantas, os meu cactos, meu bonsai defeituoso, as minhas queridas plantas, a vida que elas trazem ao ambiente, a vida que meu quarto tem devida a elas, me confundo demais, e sem falar quando estou fotografando, ai é outra história, entro em outro encanto, em outra fascinação. E falando em fotografia comprei a desejada "La Sardina", uma câmera incrível, claro, analógica, então vai demorar um pouco pra eu postar fotos dela aqui. Realmente me confundo muito na hora de pensar em uma profissão, só tenho mais o ano que vem de escola  então tenho que decidir.