Uma nova vida.

E depois de tanto auê pra fazer os exames e a tensão que eles causaram aqui em casa, principalmente em mim, chegou a um resultado: Eu tenho a doença de crohn. É a doença que minha irmã tem, que foi descoberta a três anos atrás, e que fez com que ela não tivesse mais uma vida decente. No primeiro momento entrei em choque, e não sabia como reagir diante desse resultado, fiquei pensando como seria minha vida futura, imaginando tudo arruinado.
Hoje foi meu retorno com o gastro, foi quem deu a certeza da doença. No primeiro momento ele disse: Merda!!
Como eu já imaginava não me ocorreu nenhum problema. Já havia chorado tudo na noite anterior.
Aí ele disse que essa doença vem do picsicolólico, e que dependia de mim pra eu melhor. Que era pra eu parar de ser frágil aos problemas alheios, que eu tenho que ser forte, e mais um monte de coisas que mexe com a cabeça. Então, cheguei a uma conclusão. Eu tenho que mudar o meu conceito de viver! E o problema mora aí. Não sei por onde começar, como pensar, como agir diante das coisas. Bom, uma coisa ele me disse, busque aquilo que lhe faz bem. Aí eu pensei, acho que vou fazer yoga, francês, voltar as aulas de violão e coisas que eu amo. Mas, como eu amo jogar pedras no caminho pra me atrapalhar, eu pensei, caramba, eu preciso trabalhar, tenho dezessete anos, e aí que temos apenas vinte e quatro horas pra socar a escola e o trabalho dentro de um tempo determinado. E as coisas que me fazem bem? Deixar pra quando eu me aposentar?
Enfim, eu descubro isso ao longo da vida não é mesmo? E agora eu tenho mais dois remédios pra tomar e pensar em como viver melhor.